O tornar-se terapeuta é um processo que se estende ao longo da vida, e talvez seja uma das atividades humanas que exige que se desenvolva mais atitudes pessoais do que habilidades técnicas. Por isso, não é fácil ser uma terapeuta. Acredite!
A relação terapêutica, em toda a sua complexidade vivencial, solicita que a terapeuta esteja consciente de seu processo de maturação enquanto pessoa. É importante que esta consciência sempre esteja presente.
Uma vez participei de uma discussão em um grupo de estudos sobre a importância das artes na formação de terapeutas. Confesso que fiquei atraído pelas reflexões, e de pensar o quanto a arte pode ajudar no refinamento da sensibilidade, da expressão, da intuição, da presença – características caras aos terapeutas.
Depois de alguns anos trabalhando com formação de psicoterapeutas, acredito que além da arte existem outros pilares que auxiliam nestas formações: grupo de estudos; prática em atendimentos; supervisão (grupo ou individual); grupo de encontro; e a própria psicoterapia. Também por estas, não é fácil ser uma terapeuta. Acredite!
Nem sempre será possível vivenciar todos estes espaços de aprendizagens simultaneamente, por diversos motivos. No entanto, para aquelas e aqueles que desejam seguir ou prosseguir com a tarefa de facilitação de processos humanos, será necessário uma consciência genuína sobre o próprio processo de tornar-se terapeuta.
Quando os terapeutas se apropriam do seu processo de tornar-se terapeutas, uma experiência significativa brota, e a partir daí, podem ser melhores companhias para aqueles que procuram ajuda em um momento de sofrimento.
É um trabalho muito especial. Acredite!
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